Greve CPTM: Justiça determina que 80% dos trabalhadores atuem em horário de pico.

Linhas 11, 12 e 13 da CPTM serão atingidas pela paralisação dos trabalhadores.

A greve marcada para esta terça-feira (24 de agosto) nas linhas 11-Coral, 12-Safira e 13-Jade da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) tem como determinação da Justiça do Trabalho que ao menos 80% dos trabalhadores atuem nos horários de pico (manhã e tarde), e 60% atuem nos demais horários.

Esta informação é da própria estatal, que também relatou que há multa de R$100 mil por dia caso o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Ferroviárias da Zona Central do Brasil descumpra a determinação da Justiça. Devido à esta paralisação foi suspenso o rodízio municipal de veículos.

A greve foi decidida na noite desta segunda-feira (23 de agosto) em assembleia por reajuste salarial e PPR (Programa de Participação nos Resultados). A PAESE (Plano de Atendimento entre Empresas em Situação de Emergência) foi acionada pela empresa ferroviária.

As operações ocorrem da seguinte forma:

• Linha 11-Coral: Circulação interrompida entre as estações Guaianases e Estudantes – ônibus PAESE acionados para o trecho
• Linha 12-Safira: Ônibus solicitados entre as estações Calmon Viana e Tatuapé
• Linha 13-Jade: Ônibus solicitados entre as estações Engenheiro Goulart e Aeroporto-Guarulhos.

A SPTrans (São Paulo Transporte) na c paulista e a EMTU (Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos) que coordenarão a operação PAESE nos municípios vizinhos. Em comunicado, a SPTrans explicou como é a operação na capital com 12 ônibus.

A SPTrans também informa que foi acionado o PAESE na Linha 12-Safira a pedido da CPTM. À partir das 4h da manhã desta terça-feira (24 de agosto) as estações Jd. Romano e Tatuapé serão atendidas pelos ônibus.

De acordo com solicitação da CPTM a linha especial com 12 veículos será implantada no trecho entre as duas estações, garantindo assim o deslocamento dos passageiros.

Os ônibus seguirão pelas seguintes vias:

Sentido Jd. Romano:

Estação Tatuapé, Rua Catiguá, Rua Henrique Sertório, Rua Jacirendi, Av. Condessa Elizabeth de Robiano, Av. Gabriela Mistral, Rua Dr. Assis Ribeiro, Rua Eng. José Cruz de Oliveira, Rua João José Rodrigues, Av. São Miguel, Praça Padre Aleixo Monteiro Mafra, Av. Marechal Tito, Praça José Caldini, R. Miguel Ângelo Lapena, Praça Getúlio Vargas Filho, Rua Arlindo Colaço, Av. Dr. José Artur da Nova, Rua Santa Rosa de Lima, Rua Paranacity, Rua Ascenso Fernandes, Rua Conceição do Almeida, Rua São Gonçalo do rio das Pedras, Rua Carlo Bibiena, Rua Erva de Santa Luzia, Av. Estrela da Noite, Rua Cordão de São Francisco, Estrada da Biacica, Rua Cordão de São Francisco, Rua Domingos Fernandes Nobre, Rua Jerônimo Maranhão, Av. Diogo da Costa Tavares.

Sentido Tatuapé:

Est. Jardim Romano, Av. Diego da Costa Tavares, R. Jerônimo Maranhão, R. Domingos Fernandes Nobre, R. Bernardo de Chaves Cabral, R. Maué-Guaçu, R. Cordão de São Francisco, Av. Estrela da Noite, R. Erva de Santa Luzia, R. Carlo Bibiena, R. São Gonçalo do rio das Pedras, R. Adriano Seabra, R. Ascenso Fernandes, R. Paranacity, R. Dr. José Artur da Nova, R. Salvador Medeiros, Praça Padre Aleixo Monteiro Mafra, Av. São Miguel, Rua João José Rodrigues, Rua Eng. José Cruz de Oliveira, Rua Fidelis Mota, Rua Eng. José Cruz de Oliveira, Rua Dr. Assis Ribeiro, Av. Gabriela Mistral, Rua Mario de Castro, Rua Carlos Meira, Rua Rodovalho Junior, R. Ver. Cid Galvão da Silva, Av. Airton Pretini, Rua Gonçalo bastos, Rua Aiama, Rua Melo Peixoto, Rua Catiguá.

CPTM propõe acordo aos colaboradores

Em nota, a CPTM lamentou a decisão da greve e informou que propôs acordo aos trabalhadores.

De acordo com a CPTM, é inadmissível que o sindicato representante dos colaboradores das linhas 11-Coral ,12-Safira e 13-Jade decida fazer greve em meio à uma crise econômica avassaladora no mundo inteiro, mesmo com toda a população adulta vacinada, prejudicando assim os cidadãos que dependem do transporte público para ir e vir do trabalho, inclusive os trabalhadores da linha de frente ao combate à Covid-19.

A Companhia lamenta a decisão de greve e espera que em respeito e consideração aos cidadãos que precisam do transporte público, que nem todos os colaboradores dessas linhas ferroviárias façam parte desta paralisação. Reforçando que 80% dos colaboradores devem atuar nos horários de pico e 60% nos demais horários, por uma decisão da Justiça do Trabalho, com pena de R$100 mil por dia. Afim de atender a todos que necessitam do transporte público, em principal os que trabalham em serviços essenciais, a empresa também irá atuar com um plano de contingência.

Mesmo afetada duramente pela redução de passageiros devido a pandemia nos anos de 2020 e 2021, a CPTM mantém em dia os salários e benefícios, com média salarial em torno de R$ 6.500, em vista que o trabalhador brasileiro tem como renda média R$2.500.

Não se compreende que estes sindicatos não vivam na realidade do restante do país, que sofre com perda de emprego, perda de renda e fome.

A CPTM apresentou proposta de reajuste de 6% retroativo a março de 2021 pagos a partir de janeiro de 2022. Em relação ao dissidio coletivo de 2020, foi proposto reajuste de 4% a partir de agosto de 2021, retroativo a março de 2020. Além do pagamento do PPR em duas parcelas (a primeira já paga em 10/08 e a outra metade no dia 10 de janeiro de 2022).