Transporte público: Rodoviários da Grande Aracajú paralisam atividades
Os rodoviários da Grande Aracajú, no estado de Sergipe paralisam as atividades do transporte público e fazem cobrança de salários atrasados. De acordo com o Setransp (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Aracajú), não há previsão do retorno das atividades funcionais dos rodoviários, porém, outras quatro empresas continuam as funções com o intuito de atender os passageiros das regiões afetadas pela paralisação.
Esta paralisação no transporte público foi iniciada nas primeiras horas da manhã de ontem, 14 de outubro, por cerca de 900 funcionários das três empresas do Grupo Progresso. O motivo que trouxe esta quebra de rotina foi a cobrança por parte dos trabalhadores que recorrem com salários atrasados. Os funcionários adeptos à greve estão na Avenida Marechal Rondon, em frente à sede da companhia, em Aracajú- SE. No mês de setembro, também houve situação parecida com outra empresa que opera no transporte público da Grande Aracajú.
O Setransp declarou em comunicado que estão sendo afetadas pela paralisação 43 linhas e 146 ônibus, prejudicando especialmente a Zona de Expansão da capital sergipana. Desde o início da greve os terminais de integração estão lotados.
Trabalhadores do transporte público ficam sem salários.
Os funcionários rodoviários informam que o motivo desta paralisação são os atrasos recorrentes dos salários e benefícios de setembro, e que esses atrasos afetam motoristas, cobradores e equipes de manutenção dos ônibus.
O rodoviário, Marcos Sérgio Santos declara:
” Se ele (o responsável pelas empresas) ia pagar o salário de setembro dia 30 de outubro, o de outubro ia ficar como? A categoria não aguenta mais. Tem gente que está sem água, sem energia, quem mora de aluguel e o proprietário botou para fora.”
Em vista desta situação, o Setransp informa que o transporte público vem enfrentando dificuldades, e que de maneira direta está sofrendo com os efeitos econômicos negativos devido à pandemia da Covid-19, incluindo o acúmulo de dívidas com fornecedores, impedimento para pagar folha salarial, “e sem quaisquer aportes financeiros dos governos, nem sequer um subsídio ou isenção de tributos”.
Falta de medidas prejudicam trabalhadores do transporte público
Todas as medias para manter a ordem estão sendo tomadas, todavia a falta de negociação e comunicação entre as partes estão se tornando um empecilho para o acordo entre os trabalhadores que dedicaram meses de trabalho para a obtenção justa dos seus direitos.
Mesmo com os efeitos negativos que a crise pandêmica trouxe ao transporte público, a empresa responsável pelos direitos básicos dos trabalhadores não ofereceu soluções nem respaldos tangíveis em tempo hábil para a solução do problema em tempo prévio, desconsiderando fatores logísticos básicos para o bom funcionamento do setor.